Relações internacionais: Ford pressionado a desistir de retaliação energética contra EUA
Relações internacionais: Ford pressionado a desistir de retaliação energética contra EUA
O premier de Ontário, Doug Ford, está a ser instado a “recuar” em qualquer discussão sobre o corte das exportações de energia para os Estados Unidos da América (EUA) em caso de uma guerra tarifária com o novo Presidente Donald Trump, enquanto outros premiers expressam preocupações sobre os impactos da escalada do conflito.
Ford fez manchetes em todos os estados americanos quando ameaçou cortar as exportações de eletricidade de Ontário para Nova Iorque, Michigan e Minnesota como medida de retaliação – um aviso que o premier sublinhou em várias aparições nos meios de comunicação canadianos e americanos.
A premier de Alberta, Danielle Smith, cuja província rejeitou a ideia de utilizar as exportações de petróleo e gás como moeda de troca no esforço canadiano em curso para evitar a imposição de tarifas pela nova administração Trump, apelou a Ford que reponderasse a sua medida radical.
Smith justificou que não é favorável para a Equipa Canadá, uma vez que isto é um tipo de conversa que já deu início a muitas guerras.
Especialistas em políticas públicas também alertaram que esta medida por parte de Ontário pode desencadear o efeito oposto ao desejado por Ford, caso a próxima administração Trump decida escalar o conflito e colocar o setor de manufatura automotiva de Ontário, uma das partes mais dominantes da relação comercial da província com os EUA, na mira.
Entretanto, Donald Trump voltou a referir-se ao Canadá como um possível 51.º estado para os EUA, tendo em conta um estudo da Leger que sugeriu que 13% dos canadianos querem que o Canadá se torne parte dos EUA. O comentário reforçou a postura defensiva de Ford, que não descura do corte de eletricidade como sendo uma ferramenta que poderá ou não ser utilizada na resposta canadiana e sublinhou que o Canadá vai lutar para não ser o 51.º estado.