Gonçalo Guerreiro em quarto na oitava etapa do Dakar2025 nos veículos ligeiros
Gonçalo Guerreiro em quarto na oitava etapa do Dakar2025 nos veículos ligeiros
Riade, Arábia Saudita, 13 jan 2025 (Lusa) — O português Gonçalo Guerreiro (Red Bull) foi o quarto classificado na classe Challenger, na oitava etapa da 47.ª edição do Rali Dakar de todo-o-terreno, que hoje ligou Al-Duwadimi a Riade, na Arábia Saudita.
Guerreiro concluiu a tirada com 483 quilómetros cronometrados a 06.12 minutos do vencedor, o espanhol Pau Navarro (BBR), com o neerlandês Paul Spierings (Rebellion) em segundo, a 01.23 minutos, e o argentino Davide Zille (Daklapack) em terceiro, a 03.48.
Nesta categoria, Mário Franco (Franco Sport) foi 12.º, Pedro Gonçalves (Franco Sport) 16.º, Rui Carneiro (GRally) 24.º e Maria Gameiro (X-Raid) 37.ª, depois de ter visto a caixa de velocidades ceder nos últimos quilómetros.
Ricardo Porém (MMP), que na véspera desistiu e hoje regressou em super-rally, foi 39.º, enquanto Luís Portela de Morais (GRally), que também desistira na véspera, foi 41.º, depois de somada a respetiva penalização de 34 horas por ter falhado a etapa anterior.
Na geral, Gonçalo Guerreiro mantém a segunda posição, a 25.49 minutos do argentino Nicolas Cavigliasso (BBR), que lidera, e Paul Spierings é terceiro, a 32.54. Mário Franco é 18.º, Maria Luís Gameiro é 27.ª e Pedro Gonçalves 34.º.
“Foi um dia limpo. Não fomos os mais rápidos, mas estou contente com o ritmo”, escreveu Gonçalo Guerreiro nas suas redes sociais.
Nos SSV, a categoria de veículos ligeiros derivados de série, João Monteiro (South Racing) foi o melhor representante nacional, na nona posição. Alexandre Pinto (Old Friends) foi o 11.º e João Dias (Santag) 21.º.
Na geral, Alexandre Pinto mantém o quarto lugar, a 02:57.40 horas do líder, o norte-americano Brock Heger (RZR), com o francês Xavier de Soultrait (RZR) em segundo, já a 1:41.26 horas, e ‘Chaleco’ Lopez (Can-Am) em terceiro, 02:08.49 horas.
Para além disso, Alexandre Pinto, navegado por Bernardo Oliveira, foi o mais rápido no FIA Rookie Challenge, que a equipa lusa passou a liderar desde domingo a par da classificação SSV do Campeonato do Mundo de Rally Raid, em que hoje somou mais três pontos reforçando as respetivas lideranças (pilotos e navegadores).
“Desde o dia de descanso, temos vindo a adotar um ritmo conservador para levar o carro até ao final do Dakar e, se possível, levar daqui o melhor resultado. Como sempre dissemos, queremos terminar e acumular o máximo de experiência possível. Lideramos o Campeonato do Mundo, lideramos entre os rookies e estamos em quarto entre os SSV. O que temos de fazer é gerir a corrida até ao fim e ver o que vai acontecer”, disse Alexandre Pinto.
João Monteiro, que em 2024 foi o melhor estreante, é nono, apesar de ter sofrido diversos problemas mecânicos no seu veículo da South Racing.
Nos automóveis, o sul-africano Henk Lategan (Toyota) venceu e cimentou a liderança, passando de 21 segundos para 05.41 minutos de avanço para o saudita Yazeed Al-Rajhi (Toyota), que é segundo.
O português João Ferreira (MINI) foi oitavo e manteve a nona posição na geral.
“Fizemos uma etapa muito boa, longe dos problemas e gerimos para terminar na oitava posição. Quando analisámos a etapa, reparámos que fomos os mais rápidos em dois ‘waypoints’, o que comprova o trabalho que temos vindo a fazer e o nosso momento de confiança”, disse o piloto de Leiria, de 25 anos, que ainda vai procurar vencer uma das quatro etapas que faltam.
Nesta oitava etapa, sobressaiu a desistência do sul-africano Giniel de Villiers (Toyota), que nunca tinha desistido nas 21 participações anteriores no Dakar. Foram 286 especiais consecutivas, o que constitui um recorde na prova.
Nas motas, a vitória mudou de mãos: o argentino Luciano Benavides (KTM) parou no percurso para ajudar o acidentado Pablo Quintanilla (Honda) e viu o tempo perdido ser-lhe retirado, pelo que a vitória acabou por mudar do espanhol Tosha Schareina (Honda) para o piloto da KTM. O francês Adrien van Beveren (Honda), que também parou, ficou em segundo, relegando Schareina para a terceira posição.
Com isso, Rui Gonçalves (Sherco) acabou, finalmente, na 11.ª posição, ascendendo ao 11.º lugar da geral.
O australiano Daniel Sanders (KTM) mantém o comando, com 11.03 minutos sobre Schareina.
“Hoje, foi uma longa etapa. Perdemos o Pablo Quintanilla depois do reabastecimento devido a uma queda. Sofreu uma concussão e acabou por ir ao hospital por precaução. Felizmente, não partiu nada e já está connosco novamente”, contou o português Ruben Faria, que lidera a equipa da Honda.
Nos camiões, o lituano Vaidotas Zala, navegado por Paulo Fiúza (Iveco), foi terceiro e subiu ao sétimo posto da geral.
Na terça-feira, os pilotos enfrentam 357 quilómetros cronometrados entre Riade e Haradh.
AGYR // MO
Lusa/Fim
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