Portugal em 16.º lugar na lista dos países europeus com mais investidores em ‘startups’
Portugal em 16.º lugar na lista dos países europeus com mais investidores em ‘startups’
Lisboa, 16 jan 2025 (Lusa) — Portugal ocupa o 16.º lugar entre os países europeus com mais investidores ativos na área das startups tecnológicas, com Reino Unido, França e Alemanha liderarem a lista, divulgou hoje a Organização Europeia de Patentes (OEP).
De acordo com o relatório publicado, o mercado nacional registou 1.450 transações e investimentos de 3,6 mil milhões de euros entre 2000 e 2023.
Estes números colocam Portugal à frente de países como a República Checa, Croácia, Luxemburgo, Chipre ou Grécia.
Os principais investidores em iniciativas de base tecnológica em território nacional são “a Portugal Ventures, o EIC, a EIT Health, a Caixa Capital, a Startup Braga, a Armilar Venture Partners, a Shilling VC, o ESA Business Incubation Centre in Portugal, a Eurostars SME programme e o Indico Capital Partners”, detalha a OEP.
Só estas entidades representam cerca de 40% do total do investimento em Portugal na área das tecnologias.
O Reino Unido, a França e a Alemanha lideram a lista, representando em conjunto um total de 75.800 transações, com um financiamento de 392 mil milhões de euros entre 2000 e 2023.
“Os Países Baixos, a Suíça, a Noruega, a Suécia e a Bélgica também apresentam níveis elevados de investimento apoiado por patentes, com mais de 240.400 transações acumuladas e quase 88,5 mil milhões de euros no mesmo período”, segundo o mesmo relatório.
A nível global, o estudo revela que o investimento em tecnologia na Europa é impulsionado principalmente por grandes programas públicos e investidores privados especializados, revelando, contudo, um défice de financiamento em comparação com os EUA.
“Os cinco investidores mais centrais da rede europeia de co-investidores são grandes entidades públicas especializadas no financiamento de tecnologias, nomeadamente o European Innovation Council (CEI), a Innovate UK, o Programa Eurostars para as PME, a Bpifrance e o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT)”.
O Top100 inclui também instituições públicas pan-europeias, como o Banco Europeu de Investimento (BEI) e outras agências nacionais de inovação.
“As startups desempenham um papel crucial na comercialização de ideias disruptivas com grande potencial para estimular o progresso. No entanto, conforme destacado no relatório de Mario Draghi, muitas empresas inovadoras enfrentam obstáculos financeiros para crescer na Europa”, afirma António Campinos, presidente da OEP.
O responsável aponta ainda que “este défice de financiamento dificulta a transformação da inovação em startups escaláveis, levando os empreendedores a procurar oportunidades no exterior. Colmatar esta lacuna é crucial para revitalizar o crescimento sustentável em toda a Europa”, alerta.
O relatório introduz uma nova métrica – o Technology Investor Score (TIS) – que mede a percentagem de empresas que apresentaram pedidos de patentes na carteira de um investidor.
SCR // JNM
Lusa/Fim
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