Mais de 300 imigrantes detidos nas primeiras 24 horas de Trump na Casa Branca
Mais de 300 imigrantes detidos nas primeiras 24 horas de Trump na Casa Branca
Washington, 22 jan 2025 (Lusa) – A agência federal de Imigração e Alfândega norte-americana (ICE, na sigla em inglês) deteve 308 imigrantes ilegais, incluindo acusados de homicídio e violação, no primeiro dia completo de Donald Trump na Presidência, indicou o responsável pela fronteira.
“Na terça-feira, nas últimas 24 horas, o ICE prendeu 308 criminosos graves. Alguns eram homicidas, outros violadores de crianças. Logo, o ICE está a fazer o seu trabalho (…). Um trabalho excelente no terreno e continuarão a fazê-lo a cada dia”, indicou à rede Fox News Tom Homan, o ‘czar’ da fronteira, termo como é conhecido o responsável pela fronteira do novo Governo.
Questionado sobre o que é que poderá motivar uma intervenção do ICE, Homan frisou que “basta estar no país ilegalmente” para ser procurado ou abordado pelos agentes.
“Nada na lei de imigração diz que a pessoa precisa de ter cometido um crime grave para ser removida do país” onde está de forma irregular, disse o responsável, reforçando que qualquer pessoa que estiver ilegalmente nos Estados Unidos poderá ser visitada pelos agentes do ICE e, eventualmente, deportada.
Contudo, explicou que, nesta primeira fase, os esforços estão concentrados “nos piores primeiro”, referindo-se a imigrantes criminosos que representem uma “ameaça para a segurança” da sociedade e dos Estados Unidos.
Donald Trump garantiu na segunda-feira, no seu discurso de tomada de posse, que irá expulsar “milhões e milhões” de imigrantes ilegais, uma das principais promessas da sua campanha eleitoral, durante a qual prometeu levar a cabo a “maior deportação em massa da história” do país.
Há cerca de 11 milhões de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos, segundo estimativas do Departamento de Segurança Interna de 2022, o ano mais recente com dados disponíveis — embora Trump tenha afirmado, sem provas, que o número real é cerca do dobro.
Homan prometeu implementar o plano de imigração do segundo mandato de Trump, inclusive em “cidades santuário” – onde existem leis locais e estaduais que protegem a população indocumentada e que acabam por ser um refúgio para pessoas que ainda não conseguiram regularizar a sua situação.
Newark, localizada no estado norte-americano de Nova Jérsia e que acolhe uma das mais significativas comunidades portuguesas nos Estados Unidos, é uma das várias “cidades santuário” do país e onde tem crescido o receio de uma intervenção do ICE sob a nova administração de Donald Trump.
Homan disse numa outra entrevista que os agentes do ICE compilaram uma “folha de alvos” de imigrantes ilegais com antecedentes criminais que pretendem prender e deportar.
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Lusa/Fim
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